terça-feira, 26 de abril de 2011

DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DE JEAN PIAGET






TRABALHO DE PSICOLOGIA



























O Docente

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INTEGRANTES DO GRUPO




João Ribeiro André                                                                                      nº 31

João Carlos                                                                                                   nº 32

Josina Patrícia                                                                                               nº 34

José Cláudio                                                                                                 nº 35

Luzia pinto António                                                                                     nº 40

































ÍNDICE



1. INTRODUÇÃO                                                                                                             3

2. DESENVOLVIMENTO                                                                                               4

2.1 DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DE JEAN PIAGET                                      4

3. CONCLUSÃO                                                                                                               8

4. BIBLIOGRAFIA                                                                                                                       9






































INTRODUÇÃO



Sir Jean William Fritz Piaget (Neuchâtel, 9 De Agosto de 1896 - Genebra, 16 De Setembro de 1980) foi um epistemólogo suíço, considerado o maior expoente do estudo do desenvolvimento cognitivo.
Estudou inicialmente biologia, na Suíça, e posteriormente se dedicou à área de Psicologia, Epistemologia e Educação. Foi professor de psicologia na Universidade de Genebra de 1929 a 1954; tornando-se mundialmente reconhecido pela sua revolução epistemológica. Durante sua vida Piaget escreveu mais de cinquenta livros e diversas centenas de artigos. ááJean Piaget (1896 - 1980) foi biólogo, zoólogo, filósofo, epistemólogo e psicólogo e ficou conhecido pela sua Teoria Cognitiva.






























DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DE JEAN PIAGET


Na visão de Piaget a aprendizagem concentra a sua base no pensamento. É através dele que a inteligência se manifesta. A inteligência, por sua vez, é um fenómeno biológico, condicionado pela base neurónica do cérebro e do corpo inteiro, e sujeito ao processo de maturação do organismo. Através da observação dos seus próprios filhos e de outras crianças, durante as suas brincadeiras e actividades, submetendo-os aos diversos testes, Piaget verificou que o desenvolvimento do pensamento e da linguagem da criança se realiza através de períodos ou fases bem definidas, sendo as seguintes:

·         Os estágios do desenvolvimento humano

Piaget considera 4 períodos no processo evolutivo da espécie humana que são caracterizados "por aquilo que o indivíduo consegue fazer melhor" no decorrer das diversas faixas etárias ao longo do seu processo de desenvolvimento (Furtado, op.cit.). São eles:

·         1º Período: Sensório - motor              (0 a 2 anos)
·         2º Período: Pré-operatório                  (2 a 7 anos)
·         3º Período: Operações concretas        (7 a 11 ou 12 anos)
·         4º Período: Operações formais           (11 ou 12 anos em diante).

·         1º Período – Sensório Motor

Correspondendo ao período que vai do nascimento até aos 2 anos, esta fase é caracterizada pela conquista, por parte da criança, do meio em que está inserida, através da percepção e dos movimentos. Durante esta fase existem várias características específicas, observáveis na criança:

×          A exploração manual e visual do ambiente;
×          A experiência obtida com acções, a imitação;
×          A inteligência prática (através de acções);
×          Acções como agarrar, sugar, atirar, bater e chutar;
×          As acções ocorrem antes do pensamento;
×          A centralização no próprio corpo;
×          A noção de permanência do objecto.
×         

·         2º Período – Pré-Operatório

Este período vai dos 2 aos 7 anos e corresponde à “Primeira Infância”. Durante esta fase, o desenvolvimento da criança tem como base um aspecto muito importante, o aparecimento da linguagem, que irá acarretar modificações nos aspectos intelectual, afectivo e social da criança, a interacção e a comunicação com outros indivíduos.




Neste período, as características observáveis mais importantes são:

×          Inteligência simbólica;
×          O pensamento egocêntrico, intuitivo e mágico;
×          A centração (apenas um aspecto de determinada situação é considerado);
×          A confusão entre aparência e realidade;
×          A noção da irreversibilidade;
×          O raciocínio transdutivo (aplicação de uma mesma explicação a situações parecidas);
×          Animismo (dar vida a seres inanimados).
×         
·         3º Período – Operatório Concreto

Situado entre os 7 e os 11, esta fase é considerada a infância propriamente dita. A criança está pronta para iniciar um processo de aprendizagem  sistemática e começa a lidar  com conceitos  abstractos como números e relacionamentos. Começa, assim, a trabalhar em grupo e a ter autonomia pessoal. As suas características mais marcantes são:
×          No início deste período, o equilíbrio entre a assimilação e a acomodação torna-se mais estável;
×          Surge a capacidade de fazer associações e análises lógicas;
×          Ultrapassado o egocentrismo, dá-se um aumento da empatia com os sentimentos e as atitudes dos outros à sua volta;
×          No início deste período a criança já é capaz de compreender a propriedade transitiva (ex: o burro é maior que o gato, a girafa é maior que o burro, então a girafa é também maior que o gato), quando aplicada a objectos concretos que a criança conheça;
×          Começa a perceber a conservação do volume, da massa e do comprimento.

·         4º Período – Operatório Formal

Esta última fase, começa por volta dos 12 anos e é durante ela que o indivíduo começa a raciocinar lógica e sistematicamente até através do raciocínio abstracto. O adolescente começa a ter capacidade de se abstrair e de generalizar pondo várias coisas em causa. O foco desvia-se do “é” para o “poderia ser” e já é capaz de tirar conclusões de puras hipóteses. O alvo da sua reflexão é a sociedade sempre  analisada com um espírito de  mudança e no campo afectivo vive em conflito. Com o tempo, a sua capacidade impressionante de reflexão espontânea dá lugar à estabilidade que chega com a proximidade da idade adulta.

·         Personalidade Adulta

Piaget, afirma que a personalidade se forma no final da infância, entre os 8 a 12 anos, com a organização autónoma das regras, dos valores e com a afirmação da vontade. São esses aspectos que se vêm a subordinar num sistema único e pessoal e que vão integrar a construção de um projecto de vida. Este projecto de vida orienta o indivíduo na sua adaptação activa à realidade, em que ocorre um equilíbrio entre o real e os ideais do indivíduo, no plano das ideias tornando-o transformador, no plano da acção.

Na idade adulta não surge nenhuma nova estrutura mental, e o indivíduo caminha então para um aumento gradual do desenvolvimento cognitivo, em profundidade, e para uma maior compreensão dos problemas e das realidades significativas que o atingem. Isto influencia a sua maneira de estar no mundo e os conteúdos afectivos e emocionais.

Dentre essas teorias, a de Jean Piaget (1896-1980), que é a referência deste nosso trabalho, não foge à regra, na medida em que ela busca, como as demais, compreender o desenvolvimento do ser humano. No entanto, ela se destaca de outras pelo seu carácter inovador quando introduz uma 'terceira visão' representada pela linha interacionista que constitui uma tentativa de integrar as posições dicotómicas de duas tendências teóricas que permeiam a Psicologia em geral - o materialismo mecanicista e o idealismo - ambas marcadas pelo antagonismo inconciliável de seus postulados que separam de forma estanque o físico e o psíquico.

(a) Os factores invariantes:   Piaget postula que, ao nascer, o indivíduo recebe como herança uma série de estruturas biológicas - sensoriais e neurológicas - que permanecem constantes ao longo da sua vida. São essas estruturas biológicas que irão predispor o surgimento de certas estruturas mentais. Em vista disso, na linha piagetiana, considera-se que o indivíduo carrega consigo duas marcas inatas que são a tendência natural à organização e à adaptação, significando entender, portanto, que, em última instância,   o 'motor' do comportamento do homem é inerente ao ser.

(b) Os factores variantes: são representados pelo conceito de esquema que constitui a unidade básica de pensamento e acção estrutural do modelo piagetiano, sendo um elemento que se transforma no processo de interacção com o meio, visando à adaptação do indivíduo ao real que o circunda. Com isso, a teoria psicogenética deixa à mostra que a inteligência não é herdada, mas sim que ela é construída no processo interactivo entre o homem e o meio ambiente (físico e social) em que ele estiver inserido.

(a) A assimilação consiste na tentativa do indivíduo em solucionar uma determinada situação a partir da estrutura cognitiva que ele possui naquele momento específico da sua existência. Representa um processo contínuo na medida em que o indivíduo está em constante actividade de interpretação da realidade que o rodeia e, consequentemente, tendo que se adaptar a ela. Como o processo de assimilação representa sempre uma tentativa de integração de aspectos experienciais aos esquemas previamente estruturados, ao entrar em contacto com o objecto do conhecimento o indivíduo busca retirar dele as informações que lhe interessam deixando outras que não lhe são tão importantes (La Taille, vídeo), visando sempre a restabelecer a equilibração do organismo.













CONCLUSÃO



Contudo chega – se a conclusão que ááPiaget defende que o ser humano passa por um contínuo desenvolvimento mental, que vai do seu nascimento, até finais da adolescência, onde a evolução vai estabilizando; Estes períodos possuem uma ordem fixa, e o ser humano s ó progride de um período para o seguinte se tiver adquirido as competências base dos períodos anteriores; Não se consegue atribuir uma data/intervalo de tempo absoluta a cada período, pois a duração varia de pessoa para pessoa (factores genéticos e condições ambientais onde se insere).

Com as teorias de Piaget, foi reforçada a ideia de que o sujeito depende claramente do meio para que as suas capacidades e estruturas cognitivas evoluam, ou seja, quanto mais aconchegante e estimulante for o meio onde se encontra a criança, mais esta se desenvolve.


































BIBLIOGRAFIA




Livro de psicologiaDesenvolvimento Cognitivo de Jean Piaget.
COLL,C.; GILLIÈRON. C. Jean Piaget: o desenvolvimento da inteligência e a construção do pensamento racional. In, LEITE, L.B. (org) Piaget e a Escola de Genebra. São Paulo: Cortez, 1987. p. 15-49
FREITAS, M.T.A. de. Vygotsky e Bakhtin: Psicologia e Educação: um intertexto. São Paulo: Editora Ática, 2000
LA TAILLE., Y. Prefácio. In, PIAGET, J. A construção do real na criança. 3.ed. São Paulo: Editora Ática, 2003.
_________ O lugar da interacção social na concepção de Jean Piaget. In LA TAILLE; OLIVEIRA, M.K; DANTAS,H. Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias psicogenéticas em discussão. 13.ed. São Paulo: Summus, 1992  p.11-22
_________A construção do conhecimento. Secretaria de Estado da Educação. Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas, São Paulo, 1990.




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